Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Projeto “Costura que Protege” é fonte alternativa de renda para famílias de Sergipe

Ação capacitará costureiras para confecção de 500 máscaras de tecido com financiamento da Fundação Verde até o final do projeto, previsto para novembro deste ano

O projeto “Costura que Protege”, financiado pela Fundação Verde Herbert Daniel, e lançado no dia 11 de setembro, em Aracaju, objetiva capacitar cinco costureiras de Sergipe para a confecção de máscaras de tecido e replicação dessa formação em seus respectivos municípios – Cristinápolis, Estância, São Cristóvão, Itabaiana e Aracaju.

O projeto foi idealizado no final de 2020 pela bióloga e secretária de formação do Partido Verde de Aracaju, Neuma Rúbia Figueiredo Santana. A ideia é trabalhar em duas frentes principais: prevenção contra a Covid-19 e fonte alternativa de renda para famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

“Através da confecção das máscaras, essa comunidade pode ter acesso tanto para o uso quanto para a venda e, assim, ter uma fonte de renda complementar ao auxílio emergencial. Muitas pessoas não usam máscara não é porque não querem, mas porque não têm o recurso”, explica Neuma.

Além das oficinas de corte e costura, haverá lives sobre a importância do uso da máscara como prevenção contra o coronavírus, o descarte correto de resíduos sólidos e empreendedorismo. O projeto também tem realizado campanhas nas redes sociais sobre o uso da máscara.

Neuma ressalta que o Costura que Protege segue as recomendações da NBR 1002/2020 da Associação Brasileira de Normas Técnicas, segundo a qual a máscara de proteção respiratória para uso não profissional é um dispositivo facial equipado com um conjunto de alças, confeccionado a partir de tecidos planos ou de malha – as do projeto são de algodão em multicamadas –, e deve ter dimensões compatíveis com os diferentes grupos de usuários, cobrindo nariz, boca e queixo para garantir uma boa vedação.

O uso da máscara de tecido é indicado em situações eventuais de circulação, de modo a evitar a disseminação do coronavírus. Elas são reutilizáveis e laváveis, portanto, uma saída economicamente mais viável, em especial para famílias de baixa renda. “Lemos alguns artigos que defendem que a máscara de tecido é recomendada para uso não profissional. Claro que sabemos que, para profissionais da saúde, ela não é indicada”, acrescenta Neuma.

A expectativa é confeccionar 500 máscaras até o final do projeto, previsto para novembro, e lançar uma cartilha, nas versões impressa e digital, com boas práticas sobre a importância do uso das máscaras e de outras medidas para a prevenção contra a Covid-19.

“O uso da máscara é auxiliar à imunização. É importante que a sociedade entenda que não é momento de baixar a guarda. Por isso, o projeto é muito positivo e desafiador. É um trabalho de formiguinha. Mas precisamos que as portas dos comércios se abram; que crianças, jovens e adultos possam voltar aos estudos de forma mais tranquila; que o trabalhador possa voltar à sua rotina de forma mais segura e as pessoas consigam transitar nas cidades e nos transportes públicos com mais proteção.”

Conheça o Instagram do Projeto @projeto.costuraqueprotege

Sobre o uso de máscaras contra a Covid-19

A PFF2 é a máscara mais indicada para a prevenção do coronavírus. Este tipo de respirador deve atingir uma eficiência mínima de filtragem de partículas de 94% em monitoramento realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A N95 é uma máscara equivalente à PFF2. Com eficácia mínima de filtragem de 95% das partículas, a maior diferença de nome se dá pelo órgão de regulamentação. Enquanto a PFF2 é certificada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a N95 é certificada pelo órgão americano National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), mas ambas têm praticamente o mesmo nível de proteção.

Em segundo lugar vem a máscara cirúrgica. No entanto, a máscara de tecido é muito melhor do que não se proteger. Muitas pessoas não têm condições de adquirir nenhuma das outras opções. Nesses casos, a máscara de tecido é muito bem-vinda, além de contribuir para aumentar a renda das famílias envolvidas em sua produção, como no caso do Costura que Protege.

Porém, nenhuma dessas máscaras terá eficácia se o uso não for feito corretamente.