Cientistas e técnicos do setor foram convidados para debater caminhos para o futuro do Brasil com base em geração de emprego e renda por meio da sustentabilidade
Foi realizado ontem (18/4) na sede da Fundação Perseu Abramo (FPA), em São Paulo, o primeiro seminário sobre meio ambiente e Amazônia com o objetivo de gerar subsídios para o programa de governo do pré-candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, na área ambiental. Com a presença de Lula, o debate foi coordenado pelo presidente da FPA, Aloizio Mercadante.
Na pauta, a reconstrução do sistema de proteção ambiental, reforçando o combate ao desmatamento, com o fortalecimento do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).
E ainda: a revogação de todos os instrumentos permissivos à biodiversidade; a transição energética para uma economia de baixo carbono; a transformação do Brasil em potência ambiental, criando e incentivando modelos econômicos sustentáveis, e a transição ecológica como centro de uma estratégia de desenvolvimento.
Foto: Ricardo Stuckert – https://lula.com.br/noticias/
Outros temas foram a elaboração de um projeto de desenvolvimento baseado na biotecnologia, com a criação de um instituto tecnológico ambiental; a criação de uma universidade indígena; a moratória imediata do desmatamento e, ainda, o acréscimo do “S” de sustentabilidade no nome do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o objetivo de direcionar a instituição para financiamento do setor.
Segundo o diretor-executivo da Fundação Verde Herbert Daniel, José Carlos Lima (PV PA), após ouvir todos os presentes, o pré-candidato da Federação Brasil da Esperança (PV, PT e PCdoB) à Presidência da República assumiu compromisso com as propostas. “Ele ponderou ser necessário construir uma narrativa que mostre para as pessoas que apostar nessas políticas terá como resultado mais emprego, mais renda e melhoria de vida.”
Para Lula, o mais importante é obter o apoio da sociedade para que sejam implantadas as políticas de desenvolvimento com sustentabilidade, vencendo aqueles que buscam convencer as pessoas de que é preciso devastar para criar emprego.
Cientistas, técnicos, Federação Brasil da Esperança e aliados
Para o evento, realizado nas formas presencial e online, foram convidados cientistas e técnicos da área, entre eles, o climatologista Carlos Nobre, ex-presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC -comitê da ONU para combate às mudanças climáticas); a oficial de Assuntos Econômicos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Camila Gramkov; o professor sênior do Programa de Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP) Ricardo Abramovay; o diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), André Guimarães.
Participaram, ainda, a ex-presidente do Ibama Sueli Araújo; a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira; a economista Esther Bemerguy; o senador Jaques Wagner (PT BA), presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, e os dirigentes do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais Carlinhos dos Anjos e Claudinha Pinho.
Por meio de suas federações, também tiveram voz os representantes do PV (diretor-executivo da Fundação Verde, José Carlos Lima), PCdoB (ex-deputado federal Eron Bezerra), PSB (vice-presidente da Fundação João Mangabeira, Alexandre Navarro), PT (ex-governador do PI Wellington Dias) e Rede Sustentabilidade (senador Randolfe Rodrigues).
Comunicação FVHD
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