Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Desmatamento na Amazônia teve queda considerável nos governos petistas

Segundo o Inpe, a área desmatada chegou a 7 mil km² no fim do governo Lula e a 4,5 mil km² no governo Dilma

A série histórica da taxa de desmatamento da Amazônia Legal mostra que os menores patamares foram nos governos do PT (2006 a 2015). Nos dois mandatos de Lula, a área desmatada caiu de quase 26 mil km² para 7 mil km². Em 2012, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, foi registrado desmatamento de uma área de 4,5 mil km², a menor desde o início dos registros feitos pelo Inpe, em 1988.

Quando começou o mandato, em 2003, Lula recebeu um país com taxa de desmatamento em ascensão. No fim do governo FHC, em 2002, a área desmatada na Amazônia era superior a 21 mil km². Nos dois primeiros anos de governo do petista, a taxa chegou a quase 28 mil km², segundo o Inpe.

Comunicação FVHD | Fonte: Inpe

Em março de 2004, foi lançado o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com os objetivos de reduzir contínua e gradualmente o desmatamento na região e criar condições para a implantação de um modelo de desenvolvimento sustentável.

O Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia legal por satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, foi inserido nesse plano de ação.

Essa foi uma ação crucial do governo Lula para combater o desmatamento, e com êxito, pois a área desmatada em 2010, último ano do petista na Presidência da República, já era três vezes menor do que no início do mandato.

O atual presidente começou seu mandato com uma área desmatada de cerca de 7,5 mil km² na Amazônia. Ao final do primeiro ano de seu governo, em 2019, essa área era de mais de 10 mil km², chegando a 13 mil km² em 2021, segundo o Inpe. Isso em apenas três anos de Bolsonaro na Presidência da República.

Desmatamento e Eleições 2022

No primeiro debate dos candidatos a presidente do Brasil no segundo turno das Eleições 2022, transmitido ao vivo pela Band TV no dia 16 de outubro, o desmatamento da Amazônia foi um dos temas de destaque. O assunto rendeu e chegou aos trending topics do Twitter.

Lula foi acusado pelo adversário de ter “desmatado o dobro” da área desmatada na Amazônia no atual governo. E Bolsonaro desafiou os eleitores: “Dá um Google em casa aí. Desmatamento. 2003 a 2006. Quatro anos de governo Lula. Depois dá um Google. Desmatamento. Jair Bolsonaro. 2019 a 22”.

Para comparar os dois governos, é preciso considerar que a taxa de desmatamento da Amazônia quando Lula assumiu era quase o triplo da que o atual presidente recebeu. A taxa acumulada entre 2003 e 2005 foi alta, mas caiu consideravelmente até 2015. Com Bolsonaro, há um aumento acelerado do desmatamento, chegando a 73% no acumulado desde 2019.

O atual presidente não esconde sua política aniquiladora da vida. Ao contrário, Bolsonaro defende a exploração e o desmatamento de terras, anistia os infratores ambientais, promove a morte e a expulsão de indígenas de suas próprias terras. Desde o começo, seu governo tem sido bastante eficiente em transformar os biomas brasileiros em terra arrasada.

Desafios de um possível mandato Lula-Alckmin

O plano de governo da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PC do B) expressa o papel central da sustentabilidade para a reconstrução e a transformação do país. “Temos compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável com estabilidade, para superar a crise e conter a inflação.”

Para o deputado distrital Leandro Grass (PV DF), são muitos os desafios de um provável governo Lula-Alckmin. “É urgente e imediato [o desafio de] reestruturação dos órgãos ambientais que, infelizmente, foram absolutamente destruídos durante os anos do governo Bolsonaro.”

Independentemente de qual seja o desafio, uma das medidas mais urgentes é reestruturar os órgãos de defesa, preservação e fiscalização ambiental – Ministério do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Grass, que é mestre em Desenvolvimento Sustentável, também pontua a necessidade de reorganizar a governança ambiental, dinamizar e diversificar as matrizes energéticas, reduzir a emissão de carbono, empregar tecnologia na produção agrícola, recuperar a credibilidade, parcerias e cooperações internacionais para o combate a crimes ambientais, entre outras ações.

Esses desafios são tão grandes como o país. Uma vitória da Federação no próximo dia 30 significa, acima de tudo, a necessidade de apoio e cooperação entre todos os entes governamentais, nos âmbitos federal, estadual e municipal, para combater a destruição de nossos biomas.

Com Lula, o Brasil deve retomar o lugar de destaque no tocante às questões ambientais e voltar a ser modelo para o mundo e para a América Latina. Segundo Grass, a sustentabilidade poderá constituir um eixo transversal que perpasse todas as ações e políticas de desenvolvimento do governo.

“Precisamos que a sustentabilidade não seja mais apenas um papel do Ministério do Meio Ambiente, mas um eixo transversal do governo, que o Ministério da Agricultura, o Ministério do Desenvolvimento Social, o Ministério da Educação, todos os ministérios interajam e tenham políticas intersetoriais que promovam o desenvolvimento sustentável, econômico, cultural social e ambiental.”

Leandro Grass

Vídeo da entrevista com o deputado distrital Leandro Grass.

Por Caroline Cardoso – Comunicação FVHD

É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.