Em nossa última edição, a pesquisadora do Instituto de Ciência Política da UnB (Ipol-UnB) e do Núcleo de Estudos da Burocracia da FGV (NEB-FGV), Michelle Fernandez; a pesquisadora de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFRGS, Carolina Pimentel Corrêa; e o deputado federal Enrico Misasi (PV-SP), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Saneamento da Câmara dos Deputados, debatem os motivos que levaram a uma mudança nas demandas dos eleitores em 2020 em relação a 2018, e se isso repercutirá nas eleições de 2022 – e como, caso isso ocorra. A redução do discurso apolítico também está entre os tópicos apresentados.
Pluripartidarismo, cláusula de barreira, crise democrática brasileira, outsiders na política e vitória dos políticos profissionais em 2020 integram o segundo tema, em artigos desenvolvidos pela doutora em Ciência Política pela USP e professora da UFMG Helcimara Telles e pelo autor do livro Partidos políticos: Desafios contemporâneos, Raimundo Augusto Fernandes Neto, doutorando em Direito Constitucional pela Unifor.
Desta vez, a revista vem com duas entrevistas. Em uma, o mestre em Economia Política Internacional pela USP, e diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD Brasil, Adalberto Maluf, fala sobre emergência climática em um contexto mais global. Já o secretário executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo, desenvolve um panorama municipal a respeito do mesmo assunto. Para os dois, um fato é certo: se ações efetivas não forem tomadas a partir de agora, tanto no Brasil, quanto no mundo, as futuras gerações, nossos filhos e netos, enfrentarão condições cada vez mais desumanas de sobrevivência na Terra.
Por fim, a seção “Verdes em Ação” traz o prefeito de Americana (SP), Chico Sardelli. Eleito ano passado, suas primeiras ações objetivam melhorias no sistema de abastecimento de água do município, assim como no de esgotamento sanitário, preservando áreas de proteção ambiental, a exemplo do Parque Natural Municipal da Gruta. Coleta, destinação correta de resíduos sólidos e mutirão de limpeza nas vias públicas também estão em andamento.
As temáticas desenvolvidas são fundamentais à análise das condições que o Partido Verde encontrará pela frente, a caminho das eleições em 2022. A cláusula de barreira prevê a morte lenta dos pequenos partidos no Brasil e, consequentemente, da representatividade das minorias, ou das maiorias ignoradas – como é o caso dos negros –, e de temáticas como as do meio ambiente e da sustentabilidade. Sem reflexão, estratégia, união e ação coordenada, o futuro pode ser muito incerto, talvez fatal.
Boa leitura!