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OCUPE RIO DOCE SEGUE PARA SUA 3a EXPEDIÇÃO

Logo após o rompimento de uma das barragens de rejeitos da mineradora Samarco, no município mineiro de Mariana, em novembro de 2015, quatro instituições brasilienses se juntaram para prestar algum tipo de apoio aos mais atingidos pela maior tragédia ambiental brasileira. Foi então que o Projeto Ocupe Rio Doce nasceu. Formado pelas instituições Engenheiros sem fronteiras – Núcleo Brasília, Ocupe o Lago, Comitê Estudantil pelo Meio Ambiente – CEMA e Longsisters BSB, o projeto segue para sua 3ª expedição agora em agosto e deve implementar duas tecnologias em uma das casas do município de Barra Longa, o mais atingido pelos rejeitos. Para o custeio das expedições o Ocupe Rio Doce conta com a doação de empresas e pessoas, além da captação de recursos por meio de crowdfounding.

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Com o objetivo de promover a mitigação dos impactos ambientais e sociais causados pelo rompimento da barragem, o projeto Ocupe Rio Doce já está em sua 3ª expedição e dessa vez para implementar a cisterna de 25 mil litros para a captação de água da chuva e uma bacia de evapotranspiração para saneamento básico na casa selecionada durante a 2ª expedição. Essa será a úlltima expedição dessa etapa do projeto e, além da instalação das tecnologias, os técnicos também promoverão um workshop para os moradores locais e demais voluntários para que eles aprendam a desenvolver a tecnologia de captação da água da chuva e o uso dessa água e repliquem nas outras casas da comunidade. De acordo com Letícia Queiroz, voluntária do projeto, “ainda serão feitas outras visitas na comunidade para dar um respaldo às famílias tanto com relação à manutenção da cisterna construída quanto à construção das cisternas pelos moradores”. Segundo Letícia, o projeto não tem data para acabar.

vivencia

Primeiros contatos – Na primeira ida da equipe ao local, chamada expedição zero, os voluntários visitaram as regiões mais atingidas pela maior tragédia tecnológica e ambiental da história brasileira, responsável pela morte de 17 pessoas, além de inúmeros feridos e desabrigados. O trabalho dos voluntários consistiu em visitar os lugares mais devastados, dialogar com os líderes das comunidades e com a mineradora Samarco, que tinha reunião marcada com as famílias atingidas pelo desastre. Segundo Letícia, desde a primeira visita houve muita receptividade por parte dos moradores. O rompimento da barragem do Fundão tirou de inúmeras famílias seu sustento e ainda contaminou o solo e as nascentes da região, prejudicando a fauna, a flora e outras atividades econômicas como a pesca, a agricultura, a pecuária, o turismo e o comércio.

Entre a expedição zero e a 1ª expedição, 20 membros do Ocupe Rio Doce participaram de uma vivência no Sítio Velho Chico (MG), nos quais dedicaram quatro dias para aulas práticas e teóricas de construção, apresentações sobre permacultura e sustentabilidade, dinâmicas de grupo e atividades físicas. Nessa vivência foram construídos os protótipos de cisterna e bacia de evapotranspiração aplicáveis em Minas Gerais.

De março a abril desse ano, já na 1ª expedição, a equipe voltou ao município e fez um levantamento de quais eram as principais necessidades das famílias da comunidade rural de Barra Longa. Após a identificação, definiu-se que o trabalho seria voltado para o saneamento básico com enfoque em abastecimento de água por meio de captação e armazenamento de água da chuva e tratamento de efluentes com uso de bacia de evapotranspiração.

Dando continuidade aos trabalhos, na 2ª expedição os membros do Ocupe Rio Doce puderam obter um diagnóstico socioambiental da região. Além disso, realizaram o mapeamento de qual família seria beneficiada com a futura implementação das tecnologias. Segundo Letícia, o critério para a escolha deu-se pela quantidade de pessoas na casa (essa tinha o maior número de pessoas), além de ter sido diretamente atingida pelo desastre.

Ocupe Rio Doce – Os membros do projeto vão desde estudantes, até biólogos, publicitários, engenheiros civis, elétricos, florestais e ambientais, agricultores familiares, advogados, arquitetos, permacultores, turismólogos e administradores. Toda essa estrutura ofertada aos atingidos pelo desastre só é possível com muita organização, boa vontade, além da soma de saberes dos voluntários, uma equipe gabaritada e compromissada em dar um pouco de suporte às famílias mais atingidas.

Conheça mais sobre o projeto pelo site http://ocuperiodoce.org/ e pela página do facebook www.facebook.com/ocuperiodoce. Além disso, a equipe está sempre aberta a fase de captação de recursos para a realização dessa expedição, para colaborar com o Ocupe Rio Doce você pode doar acessando http://juntos.com.vc/pt/ocuperiodoce.

Equipe:

Bárbara Bressan
Bruno Dourado
Carolina Oliveira Isaias
Flora Fujiwara
Igor Faria Machado
João Pantoja
Jady Rafaela Caitano dos Reis
Marcelo Ottoni
Mariana Vasconcelos
Miguel Pereira
Regianne Guimarães de Oliveira
Tony Lopes