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Oito livros que toda mulher deveria ler

Que tal aproveitar as reflexões deste mês sobre temáticas relacionadas às mulheres e prestigiar autoras femininas da literatura mundial? Para ajudar você, a Fundação Verde Herbert Daniel fez uma curadoria especial de oito livros escritos por mulheres.

Boa leitura!

#1. A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch (Companhia das Letras, 2016)

Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas essa história nunca foi contada, porque a história das guerras costuma ser contada por soldados e generais, algozes e libertadores, ou seja, pelos homens.

A guerra não tem rosto de mulher, da escritora bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, é considerado um capítulo da história não contada da bravura feminina.

Capa do livro de Svetlana Aleksiévitch/Crédito: Companhia das Letras

#2. A princesa salva a si mesma neste livro, de Amanda Lovelace (Leya, 2020)

Em A princesa salva a si mesma neste livro, a poeta estadunidense Amanda Lovelace traz os contos de fada para a realidade feminina do século XXI em uma narrativa poética de tons íntimos e cotidianos que acolhe a leitora e o leitor a cada verso, tornando-a/o cúmplice e participante do que está sendo dito.

É um livro sobre amor, perda, sofrimento, redenção, empoderamento, inspiração, resiliência e, sobretudo, sobre a possibilidade de escrevermos nossos próprios finais felizes.

Esse livro é o primeiro da série Women are some kind of magic (Mulheres são um tipo de mágica em tradução livre), seguido de A bruxa não vai para a fogueira neste livro e A voz da sereia volta neste livro.

Capa do livro de Amanda Lovelace/Crédito: Leya

 #3. Outros jeitos de usar a boca, de Rupi Kaur (Planeta, 2017)

Em Outros jeitos de usar a boca, a poeta indiana Rupi Kaur trata da sobrevivência a experiências de violência e abuso, amor, perda e cura. Os poemas de Rupi são questionadores e, ao mesmo tempo, sensíveis e empoderadores.

A obra é dividida em quatro partes – a dor, o amor, a ruptura e a cura – e, em cada uma delas, Rupi usa versos curtos e impactantes, que conduzem quem lê em uma jornada pelos momentos mais amargos da vida, porém de maneira delicada.

Capa do livro de Rupi Kaur/Crédito: Planeta

#4. Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas: direitos, trabalho, família e outras inquietações da mulher do século XXI, de Ruth Manus (Sextante, 2019)

Em Mulheres não são chatas, mulheres estão exaustas, a advogada paulista Ruth Manus questiona preconceitos e certezas em relação às mulheres com muito humor, profundidade, sabedoria.

Com uma linguagem simples e acessível, o livro é um convite à reflexão e à conscientização de todos, especialmente das mulheres, sobre os papéis que desempenham socialmente, as condições de invisibilidade dos trabalhos executados por elas, a culpa surgida da ideia de que família e trabalho são concorrentes, as cobranças em relação aos corpos e à aparência delas.

Ruth mostra que podemos tentar, juntas, nos libertar dessas opressões.

Capa do livro de Ruth Manus/Crédito: Sextante

#5. ‍101 Mulheres incríveis que mudaram o mundo, de Julia Adams (Pé da Letra, 2021)

Para inspirar e encorajar jovens leitoras e leitores, a escritora Julia Adams fez uma espécie de curadoria para que o maior número possível de pessoas conheça as 101 mulheres incríveis que mudaram o mundo.

São 101 biografias curtas de pioneiras e as coisas notáveis que elas conquistaram. Nele, estão retratadas cientistas, ativistas, líderes, atletas, artistas, exploradoras e outras grandes desbravadoras – desde as famosas como Eva Péron e Malala Yousafzai até as desconhecidas como Miriam Makeba e Junko Tabei.

É impossível ler essas histórias e não sonhar grande.

Capa do livro de Julia Adams/Crédito: Pé da Letra

#6. Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves (Record, 2006)

O livro Um defeito de cor, da escritora mineira Ana Maria Gonçalves, foi inspirado na vida de Luísa Mahin, celebrada heroína da Revolta dos Malês. Embora o livro trate de uma realidade dois séculos atrás, ainda hoje encontramos os reflexos desse período, principalmente nas condições de vida das mulheres negras.

Em quase mil páginas, a autora narra a trajetória de uma menina provavelmente nascida no início do século XIX no Reino do Daomé, na África Ocidental, atual Benim. A garota foi capturada como escrava aos oito anos de idade e trazida para o Brasil. Sua jornada como escravizada incluiu passagens pela Bahia, pelo Maranhão, Rio de Janeiro e por São Paulo. Depois, já como uma mulher livre, retornou a sua terra natal. Mais tarde, tentou voltar para o Brasil.

Capa do livro de Ana Maria Gonçalves/Crédito: Record

#7. Uma vida menos ordinária, de Baby Halder (Arquipélago, 2008)

Uma vida menos ordinária é um livro de memórias da escritora indiana Baby Halder. Ela narra a transformação da própria vida pela leitura e pela escrita. Se sobreviver era tudo o que a direcionava, seu primeiro contato com a literatura mudou completamente esse cenário.

Baby foi abandonada pela mãe aos quatro anos. Aos 12 foi obrigada pelo pai a se casar com um homem mais velho e violento. Conseguiu escapar do casamento, mas não da pobreza nem do estigma de ser mãe solteira. Até que foi trabalhar como empregada doméstica na casa de um professor de antropologia aposentado que a ensinou a ler e escrever.

Capa do livro de Baby Halder/Crédito: Arquipélago

#8. Ay Kakyri Tama: Eu moro na cidade, de Márcia Wayna Kambeba (Jandaíra, 2018)

No livro Ay Kakyri Tama: Eu moro na cidade, a poeta e geógrafa brasileira Márcia Wayna Kambeba, da etnia Omágua/Kambeba, constrói uma ponte entre sua origem indígena e a vida em Belém do Pará, apresentando a história de seu povo e sua luta em poesias e imagens repletas de emoção e verdade.

Capa do livro de Márcia Wayna Kambeba/Crédito: Jandaíra

Caroline Cardoso – Comunicação FVHD

É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Fontes: Editoras Companhia das Letras, Record, Jandaíra, Arquipélago, Sextante, Planeta, Pé da Letra e Leya.