Documento foi elaborado por 193 Estados-membros da ONU e tem como objetivo apoiar a conservação e utilização de forma sustentável os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
Foi divulgado no último dia 26 o documento final, versão em português, da Conferência sobre os Oceanos, encontro global que ocorreu em Nova Iorque, entre 5 e 9 de junho e contou com os principais chefes de Estado e de Governo, bem como representantes de organizações de todo o mundo que trabalham com o tema. O objetivo da Conferência era apoiar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº14 – conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
Com o documento intitulado ‘Nosso oceano, nosso futuro: chamada para ação’, os líderes governistas afirmam que têm convicção de que o oceano é essencial para nosso futuro compartilhado e humanidade em comum em toda sua diversidade. Ainda de acordo com o documento, o oceano cobre três quartos do planeta Terra, conecta populações e mercados e representa uma parte importante das heranças natural e cultural.
Ele fornece quase metade do oxigênio, absorve mais de um quarto do dióxido de carbono que produzimos, exerce um papel vital no ciclo da água e no sistema climático e é uma fonte importante de biodiversidade e de serviços de ecossistema do nosso planeta.
Os oceanos contribuem para o desenvolvimento sustentável e economias sustentáveis baseadas em suas atividades, bem como para a erradicação da pobreza, segurança alimentar e nutrição, comércio e transporte marítimo, trabalho digno e fonte de renda. Alarmados pelos efeitos colaterais da mudança climática no oceano, incluindo o aumento das temperaturas do oceano, acidificação oceânica e costeira, desoxigenação, aumento do nível do mar, diminuição da área de cobertura do gelo polar, erosão das costas e fenômenos climáticos extremos, é destacado no documento o reconhecimento dos representantes de que existe a necessidade de se abordar os impactos adversos que prejudicam a habilidade crucial do oceano de agir como um regulador climático, como fonte de biodiversidade marítima, como um provedor vital de alimento e nutrição, turismo e serviços de ecossistema, e como um motor de desenvolvimento e crescimento econômico sustentáveis.
No documento final, foi citado ainda a importância do Acordo de Paris, adotado sob a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima.