Pesquisa aponta relação entre mudanças climáticas, ciclone e estiagem no Sul do Brasil
As chuvas torrenciais e os ventos que varreram o Sul do Brasil em 30 de junho se devem à nova dinâmica climática provocada pelo aquecimento global.
As chuvas torrenciais e os ventos que varreram o Sul do Brasil em 30 de junho se devem à nova dinâmica climática provocada pelo aquecimento global.
A União Europeia quer liderar o movimento para deter a crise global da biodiversidade.
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) defende que planos de estímulos para conter os efeitos econômicos da crise do coronavírus incluam iniciativas de segurança e sustentabilidade energética por meio de fontes renováveis.
“O impacto do coronavírus ao redor do mundo e a instabilidade econômica resultante estão dominando as atenções. Ao responder a essas crises interligadas, os governos não devem perder de vista o maior desafio de nossa era: a transição para energia limpa”, afirmou o diretor executivo da entidade, Faith Birol.
Em artigo publicado no site da IEA, o dirigente aponta que a crise não pode comprometer os esforços para reduzir emissões de CO2 e combater as mudanças climáticas. “Investimento em larga escala para impulsionar o desenvolvimento, implementação e integração de tecnologias de energia limpa, como solar, eólica, hidrogênio, baterias e captura de carbono, devem ser parte central de planos dos governos. Isso permitirá tanto o benefício de estimular a economia quanto de acelerar a transição da matriz.”
Birol argumenta que o progresso alcançado na transformação da infraestrutura energética dos países não será temporário e poderá fazer a diferença para o futuro do planeta. “Os custos de fontes renováveis, como solar e eólica, estão bem menores do que em momentos anteriores em que pacotes de estímulos foram lançados. E essas tecnologias estão em condições bem melhores de desenvolvimento atualmente. Os governos podem tornar a energia limpa mais atraente para investidores oferecendo garantias e contratos para reduzir os custos financeiros.”
O dirigente alerta que a forte queda de preços no mercado de petróleo oferece riscos para as políticas de transição energética. “Sem iniciativas governamentais, a energia mais barata sempre levará ao consumo menos eficiente. O cenário atual é uma excelente oportunidade de reduzir ou remover subsídios para combustíveis fósseis, que, mundialmente, totalizam cerca de US$ 400 bilhões.”
Birol também expressa preocupação com os efeitos do coronavírus na indústria chinesa de energia solar, a maior do mundo. “A economia da China foi severamente prejudicada em meio aos esforços de conter o vírus, causando potenciais gargalos para o suprimento de componentes e tecnologias. Por isso, é necessário que governos mantenham a transição para energia limpa como prioridade na resposta à crise atual. É uma oportunidade histórica de destinar recursos em um caminho mais sustentável.”
A crise climática global é um assunto que implica discussão em diversas esferas da vida cotidiana e do planejamento para a contenção e prevenção de suas consequências.
O aquecimento global registrado atualmente supera em velocidade e extensão qualquer evento climático registrado nos últimos 2 mil anos.
“Há um risco existencial para a civilização com consequências permanentes para a humanidade que nunca poderão ser desfeitas”, afirmam os responsáveis pelo relatório.
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