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Segundo relatório do IPCC, desmatamento pode ser irreversível

Foi divulgado no último domingo (2/11), o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas. Segundo o documento, os danos causados por essas mudanças poderão ser irreversíveis, mas também alerta que ainda há formas de evitá-los. De acordo com o diretor do IPCC, Rajendra Pachauri, a influência humana no sistema climático é clara, quanto mais perturbamos nosso clima, mais riscos temos de impactos graves, amplos e irreversíveis.

O relatório aponta que a temperatura média na superfície da Terra aumentou 0,85 grau Celsius entre 1880 e 2012. A concentração de gases-estufa na atmosfera é a maior dos últimos 800 mil anos. As ondas de calor vão se tornar cada vez mais intensas e comuns. O relatório alerta ainda para a amplitude do danos causados pelo desmatamento desenfreado. De acordo com Pachauri, a mudança climática não deixará nenhuma parte do mundo intocada pelos impactos e terão uma relevância no nosso futuro.

Além disso, se o mundo quiser evitar desastres climáticos maiores, o uso sem restrições de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás) deve ser suspenso até 2100. O relatório também sugere que o uso dos combustíveis renováveis deverá subir da atual fatia de 30% para 80% do setor de energia até 2050.

Segundo especialistas e ambientalistas, este relatório apresenta as opções de conservação de uma maneira mais direta do que nunca. Para o editor do caderno de ciência da BBC, David Shukman, o IPCC tentou tornar o relatório mais aceitável afirmando que os combustíveis fósseis podem continuar sendo usados se as emissões de carbono forem capturadas e guardadas.

O relatório apresenta pela primeira vez a ideia de que a solução para se chegar à emissão zero é possível e que não irá impactar negativamente a economia. Os que escolherem ignorar ou questionar o que a ciência comprovou no relatório estarão colocando as futuras gerações em risco.

Larissa Itaboraí