Sempre antecipamos o Futuro, essa é a força do Partido!
Precisamos construir um território de diálogo constante com as pessoas com o objetivo de discutir os grandes desafios que a era digital e as constantes mudanças no planeta estão acarretando na vida e na política. É cada vez maior o número de pessoas tentando entender os grandes desafios do século XXI.
Perguntas como: o que acontecerá quando a mudança climática provocar catástrofes ecológicas e elas já acontecem a todo instante no mundo inteiro inclusive no Brasil?
O que acontecerá quando computadores sobrepujarem os humanos em uma quantidade cada vez maior de tarefas, e os substituírem em um número cada vez maior de empregos?
O que vai acontecer quando a biotecnologia nos permitir aprimorar os humanos e estender a duração da vida?
Essas indagações já permeiam os corações e mentes de milhões de jovens. Chegou a hora do Partido abrir um caminho para conversa com essa moçada em torno de duas grandes mudanças que enfrentamos na atualidade: crise climática e a revolução tecnológica Ninguém sabe como será o presente e o futuro, e infelizmente nada pode nos preparar adequadamente para os próximos anos.
As novas tecnologias e mudanças climáticas tornarão o mundo mais diferente do que podemos imaginar, para enfrentar essas mudanças em ritmo acelerado, é preciso criar territórios de diálogos para compreender os desafios políticos que essas mudanças impõe, clareza e poder, não nos resta outra alternativa que cultivar a clareza de pensamento para compreender o significado de situações como a desilusão política, o pânico social e as perturbações tecnológicas.
A era digital aliada aos avanços da Inteligência Artificial tecnológica está provocando uma mudança sem paradigmas na história, no mercado de trabalho. Especialistas apontam que nas próximas décadas muitos empregos desaparecerão porque os computadores serão melhores do que os humanos na confecção de roupas, condução de caminhões, diagnóstico de doenças e mesmo no ensino da História. Novos tipos de emprego surgirão, mas a humanidade terá que possuir habilidades e flexibilidade mental para mudar de profissão. Em 1920, um trabalhador rural demitido por causa da mecanização da agricultura conseguia encontrar trabalho em uma fábrica de produção de tratores.
Em 1980, um trabalhador de fábrica que perdia seu emprego poderia trabalhar como caixa de um supermercado. Essas mudanças de função eram possíveis porque elas não exigiam muita qualificação. Mas, nos próximos anos, um caixa de mercado e um operário da indústria têxtil que perderem seu emprego para uma Inteligência Artificial não terão para onde ir porque os novos empregos exigirão um alto nível de competência, criatividade e iniciativa.
O problema será especialmente grave nos países em desenvolvimento cuja economia depende de empregos menos qualificados, como é o caso do Brasil. Infelizmente nossas políticas educacionais não estão treinando os jovens para esses novos desafios da Era do Big Data, Assim, se não ampliarmos o debate, corremos o risco de observarmos a criação de uma nova e enorme classe: a dos inúteis. Bilhões de pessoas que não serão só desempregadas, mas “não empregáveis”.
Não temos nenhum modelo econômico para essa situação e lidar com essa classe será talvez o maior problema econômico e político do século 21.
Além disso, à medida que os algoritmos tiram os humanos do mercado de trabalho, não apenas a riqueza, mas também o poder político ficará concentrado nas mãos de uma pequena elite que detém esses algoritmos poderosos, criando, assim, uma desigualdade sem precedentes.
Hoje, por exemplo, milhões de motoristas de táxi, ônibus e caminhão têm uma influência política significante, que pode resultar em greves. No futuro, todo esse poder econômico e político será monopolizado por alguns milionários donos das empresas que têm a posse dos algoritmos que fazem com que todos esses veículos rodem de forma autônoma. E quando as pessoas perdem seu valor econômico e seu poder político, os governos podem parar de investir na sua saúde e educação e elas serão totalmente abandonadas pelo sistema. Isso deve preocupar a todos nós. A grande maioria dos jovens atualmente já sabe que a inteligência artificial, ou o mais avançado algoritmo mestre de aprendizado, será capaz de fazer tudo no futuro. Os dispositivos de Inteligência Artificial estão aprendendo a ser mais lúcidos que os seres humanos.
Nenhum trabalho humano remanescente estará a salvo da ameaça de automação futura. A revolução da automação e da inteligência artificial tornará os humanos redundantes de todos os tipos de campos, desde motoristas de caminhão, à advogados, contadores, professores e assim por diante.
Nós do PV, precisamos atrair jovens, intelectuais, sociedade civil organizada e diversos núcleos da sociedade para construir um território de diálogo político, para desenvolver propostas de políticas públicas e de regulação para influenciar governos e assim minimizar os efeitos das crises ecológicas, tecnológicas e econômicas.
Chegou a nossa hora de jogar luzes argumentativas sobre nossas preocupações políticas, e engajar as novas gerações sobre os problemas que enfrentaremos nas próximas décadas e seus grandes desafios, foi assim que os verdes europeus ganharam as recentes eleições para o parlamento europeu, já somos a maior força na Alemanha e em diversos países nos tornamos forças reais capaz de mudar o cenário político, precisamos ter a coragem de enfrentar a triste polarização que vivemos em nosso país, nem petismo nem bolsonarismo, como diria Herbert Daniel, não precisamos escolher entre as coisas que não queremos, vamos dizer um não aos corruptos, porém também não queremos justiceiros de plantão!
Só nos resta um caminho: atrair a juventude paulista para dialogar sobre o cenário político atual, e juntos construir respostas frente as grandes preocupações, como a questão ambiental e o quadro grave que temos pela frente de mudanças climáticas e a revolução tecnológica, que tem produzido grandes choques de cultura e conhecimento ao mesmo tempo que em seu viés mais negativo tem levado a raça humana a uma total subserviência aos algorítimos, robôs virtuais que já nos causam mais dor de cabeça que aqueles até então imaginados pela grande parte de nossa ficção científica.
Muitos vão dizer que estamos descolados da realidade, eu pergunto a vocês, alguém aqui acha que é possível a força do agronegócio brasileiro sobreviver sem as chuvas que irrigam naturalmente nossas plantações de cana?
Será que o atual governo não percebe que os rios voadores que causam as precipitações de chuva nesta região são criados na Amazônia?
Será que não confiam na ciência, quando ela nos aponta o verdadeiro ecocídio que estamos promovendo com a morte em massa das abelhas, que polinizam nossas plantações de soja, e que esse trabalho natural que hoje está sendo assassinado pelo uso indiscriminado de agrotóxico, vai colocar nossa pujante agricultura em risco? Não podemos mais ficar calados, chegou a hora de gritar em alto e bom som: vamos dizer não aos extremos, não queremos mais essa esquerda atrasada e nem essa direita rancorosa, o amor a nossa natureza vai vencer o ódio.
Ricardo Silva – Secretário Estadual de Organização do Partido Verde- PV