A Academia de Wadham na Universidade de Oxford, Inglaterra, está dando um belo exemplo a favor do meio ambiente. Com o objetivo de reduzir os efeitos da mudança climática, os alunos da União dos Alunos Wadham (SU), diminuíram drasticamente a oferta de refeições contendo carne. Com isso, passaram a oferecer durante cinco dias da semana apenas refeições vegetarianas dentro do campus. A mudança aparentemente radical visa um bem coletivo.
De acordo com diversas organizações não governamentais, além de especialistas favoráveis à alimentação sem carne, o vegetarianismo é uma boa alternativa ao combate aos efeitos da mudança climática. Eduardo Jorge, candidato à Presidência da República pelo Partido Verde nas últimas eleições, incluiu em seu programa de Governo a alternativa alimentar sem ingestão de carne. Segundo ele, a promoção da alimentação vegetariana pode ser entendida como uma escolha ética, saudável e sustentável para a população e a implementação de políticas de incentivo à alimentação vegetariana podem ajudar ao meio ambiente de uma maneira geral.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um consumo reduzido de produtos de origem animal se faz necessário para salvar o mundo dos piores impactos da mudança climática. Pode até parecer drástico, mas a produção em massa da qual os animais fazem parte, sendo tratados como mercadorias, aves criadas de forma aglomerada onde mal podem se locomover, cheias de hormônios para que cresçam rapidamente e possam ser comercializadas, faz essa atitude ser mais sensata do que drástica.
A proposta afirma que, “reduzir o consumo de carne é um dos muitos passos a serem tomados para se reduzir os efeitos da mudança climática”. Concordou-se em uma reunião no início deste ano que Wadham teria as segundas-feiras livres de carne no cardápio, como dizia na nota da proposta, “consumo excessivo de carne é prejudicial ao meio ambiente e também pode provocar o aumento de aparecimento de doenças, como o câncer de intestino”.
Exemplo de crueldade animal – Em reportagem recente veiculada por diversos canais de comunicação, criador de frangos dos Estados Unidos se revoltou com propaganda do frigorífico Perdue e fez uma denúncia desmentindo as propagandas do estabelecimento. Segundo as propagandas, as galinhas eram criadas fora de gaiolas e livres de maus tratos. No entanto, ao invés de animais livres, os frangos têm pernas deformadas, estão sem penas e com enormes feridas. Foi o que Craig Watts, granjeiro que cria 720 mil frangos por ano para a Perdue revelou. Na denúncia, Craig abriu as portas de suas quatro granjas para mostrar como é realmente a vida dos frangos da empresa. “A verdade não poderia ser mais diferente”, disse o granjeiro.
Para fazer a denúncia Craig convidou um grupo de defesa dos direitos dos animais, Compassion in World Farming, para documentar as condições do local. Segundo vídeo divulgado, os frangos da granja não correm, nem ciscam. Comem muito para que fiquem ideais para o consumo humano e passam a vida parados. Eles ficam tão amontoados na granja que é como se ficassem em gaiolas. Cada ave tem para si apenas 0,05m2, um verdadeiro absurdo.