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Dia da Mulher: é preciso estar atenta e forte

No Dia Internacional da Mulher, infelizmente as brasileiras não têm muito o que comemorar, a começar pelos últimos dados da violência doméstica em 2020. Ao todo, foram registradas 105.821 denúncias de violência contra a mulher no ano passado pelo Disque 100 e pelo Ligue 180.

Esses canais também atendem denúncias contra deficientes, crianças, adolescentes e idosos, entre outros grupos de vulneráveis. Do total de denúncias recebidas em 2020, 30% foram de violências contra a mulher, de acordo com dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

A maioria das vítimas são mulheres que se declaram pardas, têm entre 35 e 39 anos, ensino médio completo e renda de até um salário mínimo. O perfil mais comum dos suspeitos é o de homens brancos com idade entre 35 e 39 anos.

Mas o que é violência doméstica e familiar contra a mulher? De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.

Além dos canais já existentes, o governo também ampliou contatos via WhatsApp e pelo aplicativo “Direitos Humanos Brasil”. As mulheres também podem enviar fotos e vídeos. Caso não tenha como, outra forma é desenhar um “X” na palma da mão, ou em um pedaço de papel, e mostrar para o caixa do supermercado, na farmácia ou no banco etc.  Assim, é possível receber auxílio e a polícia será acionada. O mais importante é manter-se viva e bem.

O lema das mulheres mais do que nunca deve ser: autocuidado, autodefesa, luta por seus próprios direitos e autopreservação, para que, quem sabe, em alguns anos, todas as mulheres possam apenas viver em paz, livres, independentes, com direitos iguais e respeitados. Por enquanto, é preciso estar atenta e forte.

Abandone essas ideias:

“As mulheres apanham porque gostam ou porque provocam.”

“A violência doméstica só acontece em famílias de baixa renda e pouca instrução.”

“É fácil identificar o tipo de mulher que apanha.”

“A violência doméstica não ocorre com frequência.”

“A mulher não pode denunciar a violência doméstica em qualquer delegacia.”

“Se a situação fosse tão grave, as vítimas abandonariam logo os agressores.”

“É melhor continuar na relação, mesmo sofrendo agressões, do que se separar e criar o filho sem o pai.”

“Em briga de marido e mulher não se mete a colher. Roupa suja se lava em casa.”

“Os agressores não sabem controlar suas emoções.”

“A Lei Maria da Penha só foi feita para as mulheres se vingarem dos homens.”

Conheça e reconheça o ciclo da violência. Ela se repete e pode matar você.

Saiba mais:

Instituto Maria da Penha

Denuncie!

Veja os canais de denúncia do governo federal:

Disque 100

Ligue 180

Mensagem pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008

Telegram, no canal “Direitoshumanosbrasilbot”

Site da Ouvidoria do Ministério

Aplicativo “Direitos Humanos Brasil” (para iOS e Android)