Pode parecer difícil mudar hábitos, mas é possível e bem mais fácil do que enfrentar o aquecimento global, as pandemias e as mortes que podem advir de um comportamento humano autodestrutivo
Para quem está atento, a pandemia trouxe alertas muito importantes. O primeiro deles refere-se ao risco que a destruição da natureza, dos biomas em todo o mundo, traz para a humanidade. O segundo é o consumismo promovido por essa mesma humanidade – e que, claro, leva à devastação de nossos habitats naturais.
É mais ou menos como termos a Terra em rota de colisão com um asteroide. Entendamos a Terra aqui como o ser humano e o asteroide, como algo impulsionado pelo próprio ser humano. Por que prosseguimos, então? Há algo muito errado na forma como estivemos vivendo até aqui, o que passa por nossa relação com o consumo excessivo e desnecessário.
A pergunta que fica é: o que cada um pode fazer exatamente de onde está, de sua casa, para evitarmos mais uma colisão – afinal a primeira nós já estamos vivendo? E como isso pode afetar o global? O consumo consciente é o primeiro passo individual, familiar, residencial, e ele leva à redução de lixo, de poluentes e de modos de produção nocivos, portanto, da degradação ambiental.
Escolher itens produzidos na região, reduzir o consumo de carne e não consumir carnes, nem qualquer tipo de produto vindo de animais silvestres, ou qualquer item ou alimento cuja produção cause danos ao meio ambiente, são alguns dos primeiros passos. Pesquise qual o caminho de produção daquele chocolate sobre a mesa ou daquela roupa nova, do que é feita aquela bolsa ou colar.
Outra pergunta a se fazer é: eu preciso mesmo disso? Esse item é essencial na minha vida, para a minha saúde física, mental e emocional ou é somente um desejo, um capricho?
O passo seguinte é escolher aquilo que produz a menor quantidade de lixo possível ou que gere lixos recicláveis, o que passa por mudança de hábitos como ter sacolas retornáveis e saquinhos de tecidos para compras a granel. A adoção da coleta seletiva e da compostagem é outra iniciativa fundamental.
Portanto, a receita para ajudarmos o planeta, e a nós mesmos, e começarmos a ir na direção contrária da próxima pandemia, entre outros males, é: conscientização, redução, reciclagem, reutilização e reinvenção do modo de vida, dos valores e de si mesmo. Pode parecer difícil, mas é possível e bem mais fácil do que enfrentar o aquecimento, as pandemias, as mortes.