A vitória de ontem é a vitória de quem quer voltar a sorrir, a vitória da Frente Brasil da Esperança, dos verdes brasileiros, da união, da força, da fé em um futuro melhor
Há exatos 20 anos, nós elegemos, pela primeira vez, um ex-operário para ocupar o posto máximo do Executivo. Luís Inácio Lula da Silva, que já era experiente na política, conquistou corações e mentes. Deixou o governo em 2011 com a maior taxa de aprovação de um presidente em toda a história do país – acima de 80%.
Esse número tem um peso. O resultado das urnas ontem mostra um reconhecimento de que, em um país cuja população é majoritariamente feminina, negra e pobre, Lula foi um governante que realmente cuidou do Brasil e dos brasileiros. E agora Lula se propôs a fazer isso de novo, com o fôlego de um jovem apaixonado.
No domingo (30/10), os brasileiros demonstraram compreender a gravidade do momento que vivemos. Estávamos sufocados pelo ódio, pela violência, pelas mentiras, pela perversidade, pelo cinismo, pela tristeza, pela falta de perspectiva, pela perda de direitos, pela destruição do meio ambiente, pela miséria, pela inflação, pela fome, pelo desemprego, pelas vidas perdidas para a covid-19.
A vitória do presidente Lula é um basta. Resolvemos que é preciso acabar com esse rastro de destruição e ódio deixado por Bolsonaro. Escolhemos confiar nosso país novamente ao político que nunca desistiu do Brasil e de seu povo, que propaga a esperança e o amor, que nos emprestou sua incrível habilidade política de reunir pessoas de variados segmentos sociais, ideais políticos diferentes e com interesses diversos em torno de um único objetivo: proteger a democracia e extirpar o fascismo de nossas vidas.
Isso ficou muito claro durante a campanha, em entrevista ao Jornal Nacional, quando o então candidato disse que, “de vez em quando, a gente precisa estar junto com os divergentes para combater os antagônicos. E agora nós precisamos vencer o antagonismo do fascismo, da ultradireita”.
Essa postura de Lula sinalizou para os brasileiros que era preciso nutrir a esperança em dias melhores e acreditar que, diante da explícita e crescente ameaça à democracia, o melhor para o país era seguir o sábio ensinamento de Paulo Freire no livro Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido.
Agora, inúmeros são os desafios. Lula e Alckmin vão receber um país mergulhado em uma grave crise econômica e social que tem servido de combustível para o ódio e o rancor de fanáticos bolsonaristas motivados pelo capitão. Esse estado de coisas não se transforma de uma hora para outra. Será um processo.
Lula e Alckmin precisarão conquistar o apoio do Parlamento para recuperar direitos dos trabalhadores, gerar emprego e renda, recuperar e ampliar políticas ambientais, impulsionar o crescimento econômico, o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social, entre outros grandes desafios.
Nós, brasileiros, assim como o Partido Verde (PV) e a Fundação Verde Herbert Daniel (FVHD), confiamos o futuro do Brasil a dois experientes políticos, por vezes divergentes, mas não antagônicos, com o coração repleto de esperança, de alegria. Essa é uma vitória da democracia e um claro recado a todos aqueles que acreditaram que não conseguiríamos sair do pesadelo: os brasileiros voltaram a sorrir. É a vitória da Frente Brasil da Esperança, é a vitória dos verdes brasileiros, da união, da força, da fé em um futuro melhor.
Conselho Editorial