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Dia Mundial da Reciclagem: não é lixo, é renda

A Associação Cidadania para Todos, de Ananindeua (PA), vem com a gente mostrar um pouco sobre a importância de cuidarmos da destinação de nossos resíduos residenciais. A cooperativa é uma das atendidas pelo Programa Lixo Zero em Belém, um projeto desenvolvido em parceria entre a ONG EcoAmazon e a Fundação Verde Herbert Daniel.

Segundo a coordenadora da associação, Maria Trindade Santana de Araújo, que também é representante nacional dos Catadores de Material Reciclável do Estado do Pará, 26 pessoas trabalham na cooperativa, com uma renda mensal per capta de R$ 1,3 mil a R$ 1,4 mil.

Cada um representa uma família e cada família, segundo ela, tem, em média, cinco pessoas. A Cidadania para Todos atende indiretamente, ao final, cerca de 130 pessoas. Por mês, são arrecadadas 85 toneladas de material reciclável somente em Ananindeua. A maior parte é papel e papelão.

Trindade Araújo conta que eles fazem campanha de porta em porta, distribuindo panfletos explicativos sobre a importância de separar os resíduos e destiná-los corretamente. “É preciso ter a nossa responsabilidade. Cada catador protege uma árvore por dia.” Ressalta, ainda, a importância da proteção ao meio ambiente e da sustentabilidade para as famílias de catadores.

Durante a divulgação do Lixo Zero, por exemplo, de cada cem casas visitadas, apenas dez aderem à causa. “Todo mundo tem que abraçar o Lixo Zero. Não é apenas a gestão pública que tem de fazer a sua parte”, conclama. “O Lixo Zero é muito importante. É preciso divulgar ainda mais, ir para a TV, reforçar a importância de cuidar de nosso próprio lixo.”

É simples, rápido e fácil

Fazer o básico na reciclagem é simples, não custa nada e ajuda muita gente. É um ato de respeito e de amor. Separar o lixo úmido do seco já é um grande passo. Para quem tem plantas, a compostagem é uma ótima opção.

No começo, a gente esquece mesmo, joga o lixo na lixeira errada, não sabe direito o que é reciclável e o que não é, e nem todo mundo na casa acompanha o processo. Mas, em pouco tempo, já é um hábito. Basta seguir algumas dicas bem simples:

  • Antes de colocar as garrafas pet ou de vidro, as latas, as embalagens de suco, de leite e dos demais alimentos no saco de lixo, passe uma água caso estejam sujos. Além do mau cheiro, os restos podem derramar nos papéis e papelão, contaminando-os. Aí, vira lixo mesmo. Não é mais aproveitado.
  • Sim, dá um pouco mais de trabalho ter uma lixeira para os vidros, outra para os plásticos, mais um para as latinhas etc., mas nem é necessário fazer tanto. Trindade explica que pode pôr tudo no mesmo saco. Não tem problema, desde que os itens estejam minimamente limpos. Isso já é uma enorme ajuda.

O mais importante é nos lembrarmos que o resíduo que sai da nossa casa não é lixo. É renda que ajuda a alimentar muitas famílias em todo o Brasil. A destinação adequada também protege o meio ambiente.

Lançamento do Programa Lixo Zero em Belém.